Publicado em 6 de Março de 2012 as 11:45:38 AM Comente
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 11/03/2012
TÍTULO: “COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE”
TEXTO ÁUREO – I Cr 29.12
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 29.10-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/
I – INTRODUÇÃO:
Muitos são os livros de autoajuda que prometem
revelar o segredo do sucesso financeiro e da felicidade. Tal “fórmula” deve
funcionar somente para os autores! Na verdade, não há nenhum segredo, pois
sabemos que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade está
fundamentada na Sua providencia e graça. Se quisermos ter uma vida
bem-sucedida, precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter a Sua santa
e soberana vontade.
II – A FIDELIDADE E A SOBERANIA DE DEUS:
Deus é fiel. Ele é absolutamente digno de confiança;
as Suas promessas não falharão. Porém, o Senhor conta Seus negócios àqueles que
ama. Seus oferecimentos e promessas são tão grandes que rimos de incredulidade.
Mas a pergunta de Gn 18:14 é respondida em Jr 32:17-27. Portanto, podemos
descansar em Suas fiéis promessas (Dt 4:31; Is 25:1; Dn 9:4; Rm 3:3-4; II Tm
2:11-13; Hb 10:23; Apc 15:3). Contemos com a fidelidade de Deus; Ele não pode
falhar para com os que nEle confiam.
Vejamos algumas características da fidelidade do
Senhor:
1) Faz parte do Seu caráter - Is 49:7; I Cor 1:9; I
Ts 5:24;
2) É grande - Lm 3:21-23;
3) É incomparável - Sl 89:8;
4) Infalível - Sl 89:33;
5) Infinita - Sl 36:5;
6) Eterna - Sl 119:90; 146:6
7) Não pode ser anulada por nossa infidelidade (II
Tm 2:13)
8) Deus é fiel na preservação de seu povo para a
salvação (I Co 1:8,9)
9) Deus é fiel em guardar o seu povo (II Tm 1:12)
10) Deus é fiel em suas promessas: Promessa de
manutenção da vida (Gn 8:22); Promessa de vida eterna (Lm 3:21-23)
A soberania de Deus é a soma de alguns dos Seus
atributos naturais, como: onipotência, onisciência e onipresença, apresentadas
na Escritura com um tom muito enfático.
Deus sustém todas as coisas com a Sua onipotência,
conhece todos os mistérios por Sua onisciência, enche todas as coisas com Sua
onipresença, e determina a finalidade para cada coisa existente pela Sua
soberania. Assim, a soberania de Deus submete a Ele todos os Seus exércitos dos
céus e dos habitantes da terra.(Dt 10:14, 17; I Cr 29:11-12; II Cr 20:6; Is
33:22)
III – TRABALHAR É PRECISO:
Ansiedade e fé são duas coisas que se contrastam. A
primeira, é desejo veemente e impaciente, é aflição, agonia, é falta de
tranqüilidade, é receio. A segunda, “…é o firme fundamento das coisas que se esperam
e a prova das coisas que se não vêem”.
Antes do homem pecar, Deus já lhe tinha dado
encargos de natureza trabalhista (Gn 2:8-9, 16-17 - Deus não entregou o homem à
ociosidade! Não era só comer, e dormir!) – Jó 5:7
Deus impôs ao homem obrigações de trabalho – Gn
1:28; 2:15, 19-20; - Tudo isto, antes da queda, antes do pecado. É claro, no
entanto, que o seu trabalho não seria desgastante, ou cansativo, pois, ele
estava num corpo dotado de vida eterna, sendo, pois, incorruptível. Enganam-se,
assim, aqueles que afirmam que o trabalho é uma consequencia do pecado.
Ao contrário: O TRABALHO TORNOU-SE PENOSO APÓS O
PECADO - Gn 3:17-19 - Assim, por causa do pecado, o trabalho que já existia,
tornou-se cansativo, difícil, motivo, muitas vezes, de ansiedade.
Desta forma, o trabalho foi instituído por Deus
antes da queda do homem. O trabalho originou-se no próprio Deus. Ele é O
Trabalhador Número Um, de todo o Universo.
IV – UM HOMEM NORMAL NÃO PODE VIVER SEM TRABALHO:
Deus não criou o homem para viver em ociosidade.
Quem, decididamente, se entrega ao ócio e se deixa dominar pela preguiça, acaba
doente. São estas pessoas as frequentadoras contumazes dos divãs dos
psicanalistas e dos Consultórios dos Psicólogos.
Tendo nascido no campo, um trabalhador da área
agro-pastoril dificilmente é acometido de determinadas doenças que são muito
comuns entre aqueles que não se dedicam a uma atividade útil, com ou sem fins
lucrativos.
Pv 14:23 - Aqui deve-se encaixar também aquele que,
embora desempregado, só quer trabalhar quando encontrar o emprego do seu sonho.
Quem necessita prover sua subsistencia não pode esperar pelo emprego ideal (Sl
128:1-2). O ideal é trabalhar fazendo aquilo que gosta, porém, nem sempre o
ideal é o possível. Mesmo que, temporariamente, as vezes temos que contrariar a
nossa vontade.
A BÍBLIA CONDENA A PREGUIÇA - Pv 6:6-11; 13:4;
19:15;; Ec 10:18 - Aquele que é participante da natureza de Deus não pode se
deixar dominar pela preguiça. Trabalhar é preciso!
V – A NECESSIDADE DO TRABALHO FOI CONFIRMADA NO
NOVO TESTAMENTO
O Trabalho não foi imposto apenas ao primeiro
homem. A Bíblia nos mostra a posteridade de Adão dedicaram-se ao trabalho – Gn
4:1-2; 20-22;
Esta necessidade de Trabalhar foi confirmada no
Novo Testamento, sendo que o Senhor Jesus nos deixou o exemplo maior. Como
homem ele aprendeu uma Profissão e a exerceu como fonte de subsistencia de sua
Família, antes e depois da morte de José. Não foi sem razão que, enquanto José
era vivo, ele foi conhecido como “o Filho do Carpinteiro”, e depois da morte de
José então era chamado de “o Carpinteiro”- Mc 6:1-3
Talvez tenhamos motivos para envergonhar ao saber
quantas horas Ele trabalhava nos seis dias da semana, mas que, no sétimo dia,
como carpinteiro que era, e não como Rabino, passava o dia na Sinagoga, ouvindo
a Palavra de Deus, enquanto que nós nem mesmo frequentamos com assiduidade
nossa Escola Dominical.
Talvez, tenhamos motivos para nos envergonhar ao
descobrirmos que começamos trabalhar muito mais velho do que Jesus, pois, Ele
trabalhou desde pequeno. No entanto, já acumulamos, mais, mas muito mais do que
Ele em bens materiais de todas as espécies.
Ele, Jesus, após trabalhar até os trinta anos como
Carpinteiro, e, depois, mais três anos no exercício de Seu Ministério, em sua
última semana de vida, aqui na terra, ao fazer o seu “inventário” para ver o
que tinha para deixar aos seus fiéis discípulos, verificou que a única coisa
que tinha de Seu - era a Paz. Esta, portanto, foi a herança que Ele deixou aos
Seus; nada mais – “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou…”- João 14:27. Bens
materiais, aos trinta e três anos, Jesus não tinha nenhum, nada!
VI - PAULO - EXEMPLO A SER SEGUIDO:
I Ts 2:9; At 20:34-35; II Cor 11:1, 27-29 - Paulo
podia ensinar sobre a obrigatoriedade do Trabalho. Para Paulo não querer
trabalhar, embora podendo, é claro, significava andar de forma desordenada, ou
contrariando a ordem estabelecida por Deus (II Ts 3:10-11 cf Gn 3:18).
Trabalhar é preciso!
Deus, na Pessoa do Pai, do Filho, e do Espírito
Santo, nunca cessou de trabalhar. Todo filho de Deus precisa trabalhar.
VOCÊ É FILHO DE DEUS?
É certo que todos precisam trabalhar, mas, podendo
realizar um trabalho que nos proporcione prazer – certamente que estaremos
livres das ansiedades.
VII – O USO CONSCIENTE DO DINHEIRO:
JESUS ENSINOU A ECONOMIZAR: - Vivemos numa
sociedade consumista em que somos pressionados a nos equipararmos a um padrão
de vida que, na maioria das vezes, não temos condições de acompanharmos.
1) Jo 6:1-13 – Podemos ver o cuidado de Jesus com
os que O seguem. O fato de Jesus se preocupar com a multidão faminta, revela o
Seu cuidado para conosco quanto às necessidades materiais. Ao ensinar aos
discípulos a orar, Jesus mencionou os cuidados da vida (Mt 6:11).
2) Filipe olhou o orçamento; achou que somente com
duzentos denários poderia solucionar aquele problema.
3) André, por sua vez, olhou para a despensa,
ridicularizando os pãezinhos e os peixinhos.
4) Mas Jesus olhou para cima e o milagre aconteceu!
5) Após o milagre da multiplicação Jesus mandou que
se recolhessem as sobras para que nada fosse desperdiçado (Pv 21:20).
Do que sobejou recolheram doze cestos, um para cada
apóstolo, ensinando que economia não é sinônimo de mesquinhez, assim como
estragar não é sinal de fartura. Jesus demonstrou aos discípulos que deviam dar
continuidade ao programa divino de assistência às multidões (At 20:35; Gl
2:10).
LEIAMOS E REFLITAMOS:
1) Gn 22:1-3, 9-14 - Podemos não ter provisão
nenhuma, mas ainda temos o Provedor: Pode ser que estejamos a ponto de perder
nosso “ISAQUE”, mas quando nossas forças chegarem ao fim, as do céu começarão a
operar e nos surpreenderemos com um milagre preso em um desses arbustos da
santa ironia divina!!!
2) Gn 41:25-38, 46-49, 53-57 - Imaginemos se José
não economizasse no tempo das vacas gordas: seus irmãos pereceriam e os judeus,
deixando de existir, Jesus não teria vindo ao mundo. Como é bom economizar!
3) II Rs 4:1-7 - Quando a viúva estava para perder
os filhos por causa de dívida, Eliseu a fez olhar para o que ela tinha e não a
ficar se lamentando pelo que não tinha: “O que você tem em casa?”
4) Fp 4:11-13, 19 - Ao escrever, Paulo não estava
em um gabinete pastoral com ar condicionado e uma equipe de redatores
trabalhando por ele; estava em uma masmorra romana, a viver bem, quer seja na
prosperidade, quer seja na adversidade.
5) Lc 12:27-30 cf Mt 25:14-30; Pv 6:6-11 – Poucas
são as famílias que têm um orçamento familiar; que planejam como, onde e quando
investir; que se preocupam em ter alguma reserva; que ao iniciar uma obra medem
os recursos, verificam a extensão do serviço e a capacidade para enfrentá-lo.
Por falta de planejamento, de um orçamento – simples que seja – muitos entram
em financiamentos, cartões de crédito, nas mãos de agiotas, e, quando percebem,
já afundaram tanto, que é quase impossível sair de tal situação. A Bíblia
ensina que é muito importante o planejamento em qualquer situação da vida.
Planejar as economias domésticas é algo muito necessário. Geralmente nossas receitas
são fixas durante o mês. As despesas também são fixas, inadiáveis e
imprevistas. Façamos, pois, um planejamento financeiro e evitemos, assim,
sofrimentos sem fim. Na adversidade coloquemos nas mãos de DEUS o que temos, e
na prosperidade administremos o que DEUS colocou em nossas mãos!!
VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Alguns princípios para se viver na adversidade ou
na prosperidade:
(1) - Na ADVERSIDADE, OLHEMOS PARA AQUELE QUE TUDO
TEM;
(1.1) - Na PROSPERIDADE, OLHEMOS PARA AQUELES QUE
NADA TEM.
- Devemos saber que para cada necessidade na terra,
há um milagre no céu!!!
(2) - Na ADVERSIDADE, NÃO DESPREZEMOS O QUE TEMOS;
(2.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO DESPERDICEMOS O QUE
TEMOS.
- Há pessoas que quando estão com dinheiro, começam
a confundir desejo com necessidade: compram coisas que nunca vão usar,
tornam-se consumistas, jogam fora aquilo que está novo para comprar outro,
vendem o carro que têm para comprarem um outro que só mudou a cor da
maçaneta!!!
(3) - Na ADVERSIDADE, NÃO FIQUEMOS ANSIOSOS;
(3.1) - Na PROSPERIDADE, CUIDEMOS PARA NÃO FICARMOS
AMBICIOSOS
- O ansioso é aquele que teme que nunca terá o
suficiente; o ambicioso acha que o que tem não é suficiente. PORÉM, não
confundamos preocupação com previsão; nem fé com irresponsabilidade. São coisas
totalmente diferentes!
(4) - Na ADVERSIDADE, NÃO INVEJEMOS QUEM TEM O QUE
NÃO TEMOS;
(4.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO NOS ORGULHEMOS PELO
QUE TEMOS.
- Quando estamos indo mal, temos a tendência de
olharmos para aqueles que estão indo bem, principalmente para os ímpios. Mas se
estamos gozando de uma condição financeira privilegiada, tomemos cuidado com o
orgulho, pois ele foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das
trevas e transformar um rei em jumento.
(5) - Na ADVERSIDADE, TENHAMOS FÉ PARA ALCANÇARMOS
TUDO O QUE NÃO TEMOS;
(5.1) - Na PROSPERIDADE, TENHAMOS FÉ PARA DEIXARMOS
TUDO O QUE TEMOS.
– Lc 5:1-11 - Pedro estava decepcionado com uma
noite cansativa e nada proveitosa em sua empresa de pesca, tentaram,
trabalharam, se esforçaram e nada de peixe. No outro dia, o milagre aconteceu
porque Jesus entrou no barco!!!
Devemos deixar Jesus entrar na nossa empresa para
administrar as coisas lá: tudo vai começar a melhorar! Não façamos dEle apenas
o sócio, mas o dono!!! Ao chegarem na praia e puxarem as redes repletas de
peixes, Jesus os chama para o ministério. Logo agora que as coisas estavam indo
tão bem!!! Mas eles demonstraram que a maior fé não é aquela capaz de realizar
tudo, mas aquela capaz de deixar tudo!!!
Então, lancemos as redes: Mande seu currículo, seu
cartão, suas ofertas etc para as mãos do nosso Provedor Jesus e Ele fará o
milagre!!!
(6) - Na ADVERSIDADE, NÃO QUEIRAMOS VIVER COMO SE
TIVÉSSEMOS MAIS DO QUE TEMOS;
(6.1) - Na PROSPERIDADE, NÃO VIVAMOS COMO SE
TIVÉSSEMOS MENOS DO QUE TEMOS.
- Aqui chegamos a crise da realidade. Muitos quando
saem de uma situação confortável para uma condição de desconforto, não
conseguem se ajustar: passam a querer viver como se ainda ganhassem a fortuna
de antes e acabam por se atolar em dívidas; comprometem o Evangelho com um mau
testemunho diante dos credores. Se estivermos ganhando R$ 300,00, vivamos com
os trezentos e não como se ganhássemos R$3.000,00; encaremos nossa realidade!
Se não dá para comprarmos um tênis da Nike, compremos uma conga; se não dá para
pagarmos um colégio particular, coloquemos os filhos no colégio público!!!
Agora temos o avesso disso: é quando a pessoa ganha
R$ 3.000,00 e vive como se ganhasse R$ 300,00! Isso é um absurdo: pode-se
comprar um vestido bom para esposa, mas compra-se um trapo, um saco de farinha
de trigo para fazer um vestido; pode-se andar com um carro zero, mas anda-se
com uma máquina de poluição ambulante; pode-se viajar pelo país nas férias, mas
prefere ficar na garagem da casa consertando o carro velho!!! Isso também é um
absurdo!!
FONTES DE CONSULTA:
Lições Bíblicas da CPAD – 3º Trimestre de 1987 –
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Estudo Bíblico: “Como viver bem em toda e qualquer
situação” – Autor: Anderson Zem
Revista Educação Cristã – Vol. VII – SOCEP
Estudo Bíblico: “O Caráter de Deus Exige que nos
Preparemos” – Autor: Marcos Emanoel P. de Almeida
As Grandes Doutrinas da Bíblia - CPAD - Raimundo de
Oliveira
O Deus Vivo e Verdadeiro - CPAD - Geziel Gomes
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